VAMOS DIRETO AO ASSUNTO E COMEÇANDO PELO ÓBVIO:

FAZER PARADA DE MÃO É IRADO, MAS É MUITO MAIS DO QUE ISSO.

 

Este texto faz parte de uma série de publicações que atuarão como um auxílio no início do processo de aprendizagem da parada de mão e, ainda, possibilitarão um raciocínio lógico baseado na ciência e na prática do porquê esse movimento “simples” é necessário para desenvolver não só o nosso corpo, mas também a nossa mente.

Existem diversas formas de tentar explicar as razões pelas quais a parada de mão deve ser considerada dentro da sua rotina ou da rotina de treino do seu aluno. Poderíamos abordar a perspectiva de um atleta que precisa de performance, de um entusiasta dos exercícios ginásticos e calistênicos ou pela ótica de quem nunca fez, não conhece ou não acredita que fazer algo do tipo leve a algum resultado.

Mas vamos desde princípio: encarando de forma global, nosso corpo é uma junção de peças que devem ser organizadas e equilibradas de forma coordenada, o que demanda treino e dedicação. Portanto, a melhor maneira de começar a desenvolver essa habilidade é por meio dos exercícios com o próprio peso corporal segundo Floyd (2012).

“Nenhum cidadão tem o direito de ser um amador em matéria de treinamento físico. Que desgraça é para o homem envelhecer sem nunca ver a beleza e a força do que o seu corpo é capaz.”
Sócrates

Dentre os exercícios que podem ser utilizados para desenvolver esse autoconhecimento corporal, a parada de mão é o elemento base de domínio da força, equilíbrio, flexibilidade e coordenação de todas as peças (articulações) que constituem o corpo.

Voltando ao início do texto, sobre qual perspectiva olhar para o handstand, assumindo a visão do “atleta”, falaremos de performance, ou seja, desenvolver nossas capacidades físicas como força, potência, resistência, entre outras. Para treinadores como Christopher Sommer e Steven Low do mundo do treinamento com peso corporal (aliás, recomendo fortemente ler tudo sobre esses caras), a parada de mão é um elemento essencial no desenvolvimento de força e potência de membros superiores. Além disso, a capacidade de sustentar o próprio peso nos braços desenvolve uma força que pode ser transferida facilmente para outras modalidades esportivas.

Na perspectiva de um entusiasta dos movimentos ginásticos e calistênicos (se você ainda não sabe o que é calistenia, leia o texto http://calisteniapoa.com.br/conheca-um-pouco-da-historia-da-calistenia/ ), a parada de mão é o exercício base para desenvolver movimentos mais complexos. Da mesma forma que para correr precisamos aprender a caminhar, para qualquer tarefa que buscamos especialização, é preciso aprender e aperfeiçoar a base.

E, por fim, na ótica daquele que “caiu de paraquedas” neste texto, nunca ouviu falar, tem medo de ficar de cabeça para baixo ou pensa que esse tipo de exercício é apenas para o circo, alguns aspectos a seguir podem mudar essa percepção (se é que isso já não aconteceu até aqui).

Ao praticar a parada de mão, serão desenvolvidos principalmente os seguinte pontos:

  • Força, Flexibilidade, Mobilidade e Estabilidade;
  • Biblioteca Motora;
  • Melhora da Coordenação através do estímulo ao córtex;
  • Correção Postural e Prevenção de Lesões.

Estes tópicos serão abordados mais profundamente em textos que serão postados futuramente. Porém, de forma resumida, entenda: o handstand é o exercício que proporcionará desenvolvimento de força, estabilidade, mobilidade e flexibilidade. Aumentará a capacidade de conhecimento corporal, a chamada biblioteca motora, o que possibilita a transferência dessas habilidades a outros esportes. E ainda proporcionará melhorias em diversos outros exercícios devido a todos os seus benefícios.

 

O que falta para começar essa jornada?

Pode contar comigo nessa!

Texto por
João Paulo Porto

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